Na segunda parte do dissecado da coleção da Celine Dion nós vamos olhar para o álbum Unison, de 1990.

Depois de se firmar como uma cantora de potencial e sucesso, Celine deu um passo fundamental à frente, gravando seu primeiro álbum em inglês. Embora já houvesse gravado algumas músicas isoladas para temas de filmes ou duetos, foi a primeira vez que alguma faixa em inglês apareceu nos álbuns de estúdio da cantora.

Originalmente concebido para ser uma versão em inglês de seu antecessor, o talento de Celine acabou por convencer os grandes executivos da Sony Music a investir no álbum e permitir que ela gravasse músicas novas para o lançamento.

Ainda assim, o álbum foi lançado primeiro no Canadá e posteriormente nos Estados Unidos. O primeiro single foi (If There Was) Any Other Way, uma faixa que abre o álbum berrando anos 90 a cada segundo. A música ganhou um vídeo que mostrava uma Celine leve e divertida sendo pega pulando a cerca. O clipe é bastante leve e cumpre a promessa de mostrar Celine como uma cantora jovem e cheia de energia.

O vídeo, entretanto, não era a intenção que a equipe de Celine tinha para ela nos Estados Unidos, então fizeram um novo videoclipe, mas isso foi só como o segundo single.

A faixa-título do álbum na verdade é um cover, que foi apresentada no videoclipe de forma muito diferente da gravação do álbum. Lançada como segundo single no Canadá e primeiro nos Estados Unidos, colocou Celine num cenário aberto às pistas de dança acima de qualquer coisa, embora te deixasse alerta ao poder vocal dela e à sensação de que aquele não era realmente o lugar dela, apenas um degrau.


O rap utilizado no meio da música seria utilizado em todas as apresentações ao vivo posteriores e também no show A New Day..., 17 anos depois, inserido em outra música.



Enquanto a divulgação do álbum e do single-título continuou forte no Canadá, foi a vez dos Estados Unidos lançarem a própria versão do clipe de (If There Was) Any Other Way, mostrando uma Celine muito mais séria, embora ainda com uma música dançante. É difícil acreditar que estamos olhando para uma menina de 23 anos, nos dando a ideia de que Celine simplesmente brotou no mundo. Madura, com voz potente e cantando sobre o amor.



O design do álbum ainda deixa claro que ele foi feito pensando exclusivamente no vinil. Nada de fotos nos encartes, nem no verso da capa ou no disco. Temos apenas duas fotos: a capa e a contracapa. Capa esta bem estranha por sinal. O título do álbum, que deveria funcionar muito bem na capa de 30cm do vinil só é visível ao olho clínico no CD. O preto com o tom escuro de cinza não é uma boa combinação quando se tem apenas 12cm.



Unison ainda veria muito sucesso pela frente. Sendo o primeiro álbum em inglês de Dion, ele traz o single que chamou de fato a atenção do mercado dos Estados Unidos para ela, com um 4º lugar na Billboard, Where Does My Heart Beat Now mostra uma Celine ainda mais madura (embora ainda estejamos no mesmo disco), com uma aparência que ainda perduraria pelos próximos anos. O cabelo liso viria somente mais tarde, mas a voz já estava lá para ficar.





Como estamos falando dos anos 90, um álbum de 10 faixas ganhou cinco singles e quatro videoclipes, sendo o último deles, Have a Heart (também última faixa), o único a seguir o conceito original do álbum e ser uma versão em inglês de uma canção de seu antecessor. Também foi o único single sem videoclipe.



Isso nos deixa com o último vídeo de Unison, mais um cover, The Last to Know. A voz que Celine empresta para a música encaixa como luva e encerra a divulgação de sua bem sucedida investida no mercado anglófono. Pena que uma das minhas canções favoritas do álbum, I Feel Too Much, não ganhou promoção, mas ainda é muito boa de se ouvir e está muito bem posicionada.


Então aqui encerramos a segunda parte do Dissecado da Coleção de Celine Dion e nosso índice fica desta forma: