2012 foram completos 100 anos do naufrágio do Titanic e eu devo dizer que, após assistir ao filme de James Cameron em 1998 eu fiquei sempre fascinado pela história do navio. Contradições e teorias da conspiração à parte, sempre fiquei estonteado pelo poder que esta embarcação tem de atrair o mundo inteiro, desde sua construção até hoje. 

Voltando ao filme de James Cameron, acho que é tolice achar que ainda haja alguém que não saiba que filme é este. Eu tive o prazer de assisti-lo no cinema em 1998 (apenas com dez anos de idade, sendo este o primeiro filme de gente grande que vi no cinema) e depois mais uma vez em IMAX 3D no Rio de Janeiro em 2012, com a comemoração de 15 anos do longa.

Foi muito interessante, pois eu posso dizer que redescobri o filme, realmente passando a ter uma compreensão completamente diferente sobre ele do que jamais tive durante os catorze anos de intervalo e as tantas vezes que havia visto o filme, fosse em VHS ou DVD.

A aquisição do filme em Home Video, cinco anos antes de sonhar em ter um DVD em casa, foi completamente natural e, mesmo começando ainda a puberdade, eu encarava o filme do início ao fim, sem nunca ceder à tentação de ver apenas uma das fitas que compunham o filme de 3h15min.

Não tardou muito e o DVD chegou e, com ele, trazendo uma edição do filme completamente sem extras, com a mesma arte de capa do VHS e sem opção nem de áudio PT-BR. Junto com essa edição, houve uma tiragem limitada (dada de presente ao comprar oitocentas toneladas de maionese) em VHS simples, com o filme sem cortes. Não tive nenhuma delas.

Reconheço que só passei a ter Titanic no formato DVD no natal de 2009, depois de passar vários anos sem assistir ao filme. Ganhei de presente esta incrível edição lançada em 2005 com quatro discos ainda na embalagem digipak (o mesmo conteúdo já havia sido lançado em Amaray, muito para meu desgosto e desespero de conseguir a melhor edição possível).

Curiosamente o bastante, eu ainda continuaria com o filme dividido em duas partes, pois a qualidade da imagem do filme era tanta que uma mídia DVD-9 era incapaz de segurar o filme inteiro.


No final das contas, foi somente ao ver o filme no cinema em 2012 novamente tive a oportunidade de assistir ao filme sem a clássica pausa para troca de mídia antes da Rose bancar a Rihanna.


Se for para encontrar algo ruim a respeito da edição Digipak de 2005, eu diria que o excesso de papel solto sem um lugar para ficar acaba atrapalhando. É sempre necessário um pouco de cautela ao abrir a embalagem, pois temos a lâmina que era a contracapa enquanto lacrado, a lâmina da seleção de cenas e o encarte que, entre tantas outras propagandas da Fox, trazia ainda a propaganda das duas edições especiais de Titanic.


Também uma outra coisa. Sei que o intuito era mostrar todos os detalhes do filme e de sua produção, mas achei exagero e um tanto quanto grosseiro as fotos do diretor espalhadas pela embalagem (inclusive na capa). Titanic é daqueles filmes que são obras prontas. Simplesmente existem e brotaram prontas. Ver um cara que não aparece em 3h15min ainda com uma câmera na mão acaba me deixando bastante contrariado.


E é lógico, se ele merece estar na capa, ele também estará nos discos. E nós achando que citar o próprio filme na entrega do Oscar já seria egocentrismo demais.


De qualquer forma, tanto o filme em VHS (que foi vendido numa super embalagem extremamente cara cheio de mimos mesmo à época, que obviamente eu não pude ter por não ter idade o suficiente para começar a colecionar filmes) quanto em DVD especial são edições muito queridas na minha coleção e possuem lugar de destaque.

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