Eu lembro muito bem da minha adolescência. Uma época em que a riqueza era ter um celular de visor colorido e eu me achava o máximo porque tinha uma carteirinha da Blockbuster na carteira (tirava a maior onda na escola).

Era uma época de economia ruim quando uma edição cabulosa de um DVD era vendida a R$50 e os boxes de seriados eram vendidos a exorbitantes R$119,90.

Alguns boxes eram realmente lindos. Outros tinham o bom gosto do designer posto à prova, como era o caso das temporadas de Sex and the City. Eu via os boxes nas lojas e sempre perdia a vontade de ver o seriado.

Em 2007 eles foram totalmente redesenhados e padronizados e eu comecei a ver a série. Gostei logo de cara e fui comprando uma atrás da outra. Mas havia um desafio que eu mesmo me dei: nos boxes antigos a sexta e última temporada era apresentada em digipak (a única de todas) e o formato da época era um box enorme para três Amarays comportarem cinco discos.

Eu decidi então que precisava despadronizar minha coleção com um motivo justo e nobre. E me pus à procura da última temporada em Digipak. Isso foi em fevereiro de 2008 e a tarefa já não era nada fácil.

Então que a Blockbuster volta à minha vida. Mais precisamente a do Norte Shopping, no Rio de Janeiro, famosa por conservar seus produtos nas prateleiras anos a fio. Foi um tiro certeiro e o box, que custava R$69,90 foi minha primeira compra paga com uma nota de R$100, fruto do meu recente trabalho. Foi uma sensação muito boa sair da loja com o box em mãos.

E eu nunca tive o que reclamar da minha decisão de despadronizar meus boxes. Os discos continuavam com o mesmo padrão, com o rosto das personagens, mas desta vez apresentados de forma muito mais interessante, fazendo parte da arte do verso do digipajk, que continha ainda uma fala icônica de cada personagem para aquela temporada específica. Afinal nada em Sex and the City é melhor que este diálogo:

Miranda: Ou seja, os maus te fodem e os bonzinhos também te fodem!
Samantha: E o resto deles não sabe te foder. Acredite em mim, eu fiz o dever de casa.

Voltando à seriedade do assunto (desde quando esse blog é sério?), há uma coisa que Sex and the City sempre deixou a desejar: conteúdo extra e bons menus. A primeira é a pior, pois você entra direto na seleção de episódios. Mas voltando à sexta. A apresentação mídia não é das melhores e a navegação é bem óbvia. O que vale mesmo é o box.

Tal fato me fez imaginar várias vezes qual seria a minha satisfação com o produto se eu houvesse adquirido o box da época (edição esta que hoje também é rara, pois Sex and the City é relançado creio eu que todo 08/03 :p).

Eu achei bem interessante essa ideia de mostrar o logotipo gigante do seriado sobre a silhueta de Nova York, mas algo na execução dela não ficou legal.

Lógico, a primeira parte do logotipo do lado onde você abre primeiro a embalagem, o que deixa a segunda parte do lado direito.

Dá pra ver como não ficou legal? a impressão que dá é que na verdade o logotipo está trocado, escrevendo "City Sex and the".

Não concorda comigo? Sem problema. Eu tenho fotos para comprovar! MUAHAHAHA!

Tá bom, parei.

Mas viram como eu estou certo? Não dá pra fechar ele ao contrário, pois temos apenas uma página do digipak sem a arte, contra duas de cada lado. Simplesmente é impossível colocar todo ele dispondo o nome do seriado.

Repare também que, enquanto se abre o estojo, fica muito difícil perceber a ordem do logotipo. Seria realmente mais interessante se o logotipo fosse trocado, mas agora é tarde sugerir.

De qualquer forma, vale MUITO a pena ter na coleção uma edição que hoje é considerada tão rara!

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