Muito tem se falado sobre o novo álbum de Beyoncé que, depois de lançar três álbuns de sucesso estrondoso, pareceu voltar à mídia com um álbum que não seguia muito os passos de seus antecessores. Como seguidor devoto de uma própria e forte política anti-spoilers, toda vez que um novo CD sai no mercado eu só ouço o primeiro single que vira clipe antes do lançamento. Todas as outras músicas eu ouço apenas quando tenho o disco original em mãos.
E não foi diferente com o novo álbum da Beyoncé, 4 (seu quarto álbum, dia do aniversário e número da sorte), que foi lançado mundialmente ontem, mas que já havia vazado há algumas semanas.
Como todas as pessoas que me falavam sobre as músicas deste disco mostravam uma opinião de estranheza em relação à compilação, dizendo que sentiam falta do lado Sasha Fierce nas músicas. Então, antes de começarmos, vamos esclarecer alguns pontos:
1. Beyoncé matou Sasha Fierce no fim de sua turnê em 2010. Ela mesma disse isso e disse também que seu próximo álbum seria algo muito mais íntimo. Então se quisermos comparar "4" a qualquer trabalho anterior da cantora, eu sugiro "I Am... Yours", embora eles sejam bastante diferentes, este é o que chega mais perto.
2. Todos sempre dizem que a coisa do momento é se reinventar (obrigado, Madonna!) e eu acho ótimo, mesmo sem reinventar a temática de suas letras, o estilo de sua música, apresentando um disco bastante agradável.
3. Como todos diziam que era algo diferente, eu resolvi fazer o dissecado de forma diferente. Relaxe! Você vai poder ler um faixa-a-faixa e ouvir todas as músicas (inclusive as da edição deluxe), mas eu escrevi de forma diferente. É um dissecado mais cru. Como eu disse acima, eu só ouço as músicas de um disco quando tenho o original em mãos, então ontem à noite eu sentei, ouvi todo o disco pela primeira vez e registrei toda a experiência enquanto ouvia.
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Páginas 2 e 3 do encarte. Achei interessante os créditos como se fossem uma revista. A foto é a capa da edição normal do CD. |
4. Eu achei totalmente sem sentido adquirir a versão normal do álbum (nem tinha na loja), já que achei a capa horrorosa e a diferença de preço era de apenas R$10. Então apresento o Dissecado de " Beyoncé - 4 - Deluxe Edition". É só clicar em "Continuar Lendo!"
Já achei o título interessante. É bem verdade que adoro nomes de músicas sem palavras, e esse é bastante interessante. Ela abre o álbum de forma interessante e já te diz que esse CD não tem nada a ver com o que você já ouviu a Beyoncé fazer. A própria voz dela chega a níveis já conhecidos ao vivo, mas não muito explorados nos discos em estúdio. A instrumental da música é algo também novo e agradável, mas que deixa os fãs mais fervorosos ligeiramente chocados e desapontados.
Após o ligeiro suspense causado pela música anterior e a instrumental desta, somos brindados com um pouco da velha forma de Beyoncé de fazer músicas românticas com uma balada que fica na mente misturada à sua voz incrível que às vezes parece que nem ela sabe que tem. Agrada bastante aos fãs preocupados, ainda deixa os fãs de Sasha Fierce de orelha em pé, mas funciona bastante como segunda faixa para 1+1.
É bem verdade que a temática das letras não mudou nem um pouco desde seu primeiro álbum e a voz masculina que abre esta faixa já nos deixa mais acostumados ao estilo R&B que ela sempre seguiu, mas é só isso. Nada no estilo “Halo” de hip hop lentinho. É só lento mesmo, mas eu gostei muito. Talvez tenha a ver com meu humor do momento. O que esta música deixa claro é: para gostar do restante do álbum você deve estar desprovido de opiniões e expectativas pré-estabelecidas pelo que já conhece de Beyoncé e curtir o que vem de novo.
É dita como uma “Irreplaceable 2”, mas a questão é: as temáticas da música dela são sempre as mesmas, o que quer dizer que são várias músicas parecidas. Aqui, no refrão vemos o primeiro ápice que estávamos esperando desde o início do álbum, mas valeu a pena esperar. Honestamente não acho essa faixa parecida com Irreplaceable, mas ela tem seu talento. Não destoa do resto do álbum, embora dá a sensação de encaminhá-lo a outro nível.
Olha! Aqui está o hip hop! Espera! Não. Não sei. Continua tocando. Tá ali, consigo até sentir, mas tá bem escondido. Se é pra falar dos álbuns anteriores de Beyoncé, essa música seria a faixa que faz a transição do I Am pro Sasha Fierce, embora não tenha muito a ver com a temática daquele álbum. Começo a ficar curioso pra saber de quem não é fã: a uniformidade das músicas faz com que vocês achem que estão ainda na primeira música e as faixas nem trocaram? Quando chega a participação de André 3000 no meio eu me sinto de volta nos meados dos anos 90, ouvindo os funk melodies baladas que minha irmã tanto escutava.
Que título, não? “É melhor morrer jovem” nos traz de volta à proposta original do álbum, que já chega à metade sem nenhum “Single Ladies”, “Déjà Vu” ou “Crazy in Love” que seja. Honestamente não é nada demais e me faz pensar se está aqui para me manter ocupado depois do que já ouvi e antes do que ainda possa vir. É bem música pra encher disco mesmo, talvez ela até coloque em seu novo show, mas não espero um clipe dela.
Começa muito bem, parece até que o álbum vai chegar à velocidade que os fãs de Sasha Fierce já estão até cortando os pulsos esperando chegar, mas então ela começa a cantar e vemos que se trata de mais uma balada, muito melhor que anterior e comparável à qualidade das primeiras músicas do álbum. O tema da música ainda é o mesmo e esta começa a ficar um pouco repetitiva na segunda metade. O fim recupera, mas nos deixa claro, talvez de uma vez por todas, que toda a proposta do álbum seja essa intimidade toda. O que eu acho interessante é como quase todas (ou serão mesmo todas?) as músicas terminam do nada. Agora, sete canções depois, eu já estou até treinado para reconhecer o fim das faixas.
Até agora a mais agitada de todo o disco, embora ainda nada dançante, mas consigo ver essa música no bloco agitado como a música que toda a plateia ouve batendo palma no ritmo e cantando. É também incrível como, na segunda música “agitada” do álbum me faz sentir, pela segunda vez, que estou de volta nos anos 90. Gostei de verdade desta. Vejo um clipe feliz de casais correndo felizes e de mãos dadas, um parque, muita felicidade no ar, crianças e idosos com sorvetes e um vendedor de balões.
Nem percebi que música trocou, é quase como um non-stop. A voz dela parece que nem encaixa muito na melodia do início da música, que promete algo mais agitado e cumpre a promessa. Os fãs mais desesperados já podem até começar a pular e bater o cabelo que a gente até entende. A música é tão divertida quanto a anterior, mantendo a hegemonia de todo o disco, até na hora de transitar das lentas que predominaram para as agitadas que vão fechar o disco. Também vejo clipe para esta. E uma apresentação ao vivo cheia de “Hey”s, “Sing it”s e “I want y’all”s, bem no estilo de Beyoncé.
Vem que tem pra todo o mundo! Já chega de ficar triste e tá na hora de começar a se mexer. O que acho interessante é a instrumental que se aproxima da última faixa e do vocal do início da música, similar à anterior e ligeiramente desconexo da melodia agitada que predomina no álbum agora. Com direito até a sons que a gente não entende no último minuto e um ligeiro desespero pra fazer o bridge final. Quem foi que achou que Beyoncé ia deixar a gente na mão? Essa, contudo, tem um fim bem claro e pronunciado.
Como é de praxe nos álbuns recentes que vão transitando de velocidade durante sua execução, a penúltima música vai remeter ao estilo original apresentado pela primeira. A diferença em “4” é que saímos de uma sequência de três músicas agitadas e voltamos à uma lenta. Talvez seja isso o que está causando tanto estranhamento. A faixa é muito boa na verdade, cheia do clima de penúltima música, nos avisando que o álbum está acabando, mas ainda falta o melhor. É uma pena, contudo, que aqueles que esperam quarenta e seis minutos de malhação, músicas pra pular e muita agitação critiquem tanto esta faixa que, por estar apenas fazendo seu devido trabalho, quebra o ritmo que tanto foi aguardado pela maioria. Também acaba do nada.
É bem menor que a versão do clipe, sem a instrumental legal gigante. Vem pra fechar o álbum de forma positiva e rara. Há quanto tempo que não vemos o primeiro single de um álbum fechando um CD de estúdio? É sempre ao vivo hoje em dia e eu gostei muito da inovação. Pena que vários dirão “só colocou por último pra obrigar a gente a ouvir tudo”. Bom, se for assim, é só avançar pra última música. O álbum encerra muito bem uma experiência musical nova, o que era inexistente na carreira de Beyoncé, que se consagrou por nunca errar a mesma fórmula de sempre e, desta vez, resolveu arriscar e fazer o que queria. E, assim como a maioria de suas faixas, o próprio disco acaba do nada. O último som? “Girls”.
Os anos 90 continuam! Nas primeiras notas já se percebe isso! A faixa é incrível e realmente tem sabor de bônus exclusivo pra quem adquiriu um produto deluxe. Tem cara de música desses créditos finais de filme que mostram o que aconteceu com os personagens depois da história. É bem divertida e o fim é muito mais anunciado do que as músicas do álbum normal.
Estão vendo? É aqui que ela escondeu as músicas agitadas! Tá bom, nada que realmente chegue ao nível dos mega hits que ela já colocou nas nossas mentes, mas são músicas de qualidade muito boa realmente. A faixa é boa e me faz pensar em luz neon e roupas brilhantes. Será que chegamos aos anos 70 na próxima música?
Também é aqui que ela escondeu as maiores músicas. Assim como esta, com mais de seis minutos e que tem muito mais a ver com a temática balada do álbum original. Não que as outras duas não se encaixem à proposta, mas esta é a que chega mais perto. É bem legal, mas é bem grande. Assumo que já estava até distraído quando percebi que ainda estava ouvindo a mesma canção. O último minuto é bem interessante, entretanto.
Já abusa do direito de usar parênteses no título e me pede pra ouvir remixes às 02:20 da manhã, mas vamos lá. Achei legal usar elementos da instrumental original, sem ser apenas uma versão desta. É uma tarefa difícil e o papel deste remix é bastante complicado. Ele precisa me incentivar a ouvir mais dois remixes diferentes da mesma música antes de ejetar o disco do computador. E até executa bem a tarefa, pois é verdadeiramente interessante e você pode apostar que a balada do fim de semana já vai tocar ele.
Engraçado é que os três são Club Remix, mas esse aqui é bem diferente do anterior, com o seu primeiro minuto bem dedicado à instrumental. O restante é simplesmente um remix de balada. Precisa dizer mais?
O anterior me cansou tanto que eu até dei Ctrl+C, Ctrl+V no nome da música desta vez (eu tinha digitado de novo na 5ª). O menos estimulante é saber que cada remix é mais longo que o outro. O que me estimula é saber que esta faixa é a última e eu vou poder voltar pra primeira do disco normal e me acalmar um pouco. Embora este seja realmente melhor que o anterior.
Se você espera ouvir "I Am... Sasha Fierce 2" ou "B'Day 2" ou at'e mesmo "Dangerously in Love 2", desista. Esse 'album tem valor por ser único e realmente novo na carreira de Beyoncé. As músicas são agradáveis e causam uma primeira impressão muito melhor que o álbum anterior.
Quanto ao design eu já até me acostumei (infelizmente) ao padrão Beyoncé de fazer um encarte gigante sem letra de música, afinal o único álbum que teve letra foi o I Am... Sasha Fierce e, mesmo assim, ela só colocou as letras da parte do "I Am...".
O que realmente me incomodou muito quanto ao design, talvez seja exclusivo do CD nacional. Há um certo tempo venho observando a má qualidade da impressão dos nossos encartes. "4" não conseguiu ficar de fora. A capa da versão deluxe está mal impressa ao ponto de vermos capas tortas nas prateleiras. A minha, que eu coloquei no scan, está consideravelmente mais "para baixo", com um espaço em branco no topo. Compare a imagem que abre este post com esta.
Então, se você está pronto pra aceitar a nova fase de Beyoncé, divirta-se! Se não está, coloque suas esperanças no quinto álbum.
Embora já tenha terminado de gravar o clipe de "Best Thing I Never Had", "4" ainda conta com apenas um clipe, "Run the World (Gilrs)". Se você ainda não viu, veja agora! Se já viu, curta de novo!
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Páginas 4 e 5 do encarte. A temática revista continua com fotos dos fotógrafos mais badalados hoje. |
01. 1 + 1
Já achei o título interessante. É bem verdade que adoro nomes de músicas sem palavras, e esse é bastante interessante. Ela abre o álbum de forma interessante e já te diz que esse CD não tem nada a ver com o que você já ouviu a Beyoncé fazer. A própria voz dela chega a níveis já conhecidos ao vivo, mas não muito explorados nos discos em estúdio. A instrumental da música é algo também novo e agradável, mas que deixa os fãs mais fervorosos ligeiramente chocados e desapontados.
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Páginas 6 e 7. É só uma pena, contudo, que não temos as letras. Mas o encarte é realmente muito bonito. |
02. I Care
Após o ligeiro suspense causado pela música anterior e a instrumental desta, somos brindados com um pouco da velha forma de Beyoncé de fazer músicas românticas com uma balada que fica na mente misturada à sua voz incrível que às vezes parece que nem ela sabe que tem. Agrada bastante aos fãs preocupados, ainda deixa os fãs de Sasha Fierce de orelha em pé, mas funciona bastante como segunda faixa para 1+1.
03. I Miss You
É bem verdade que a temática das letras não mudou nem um pouco desde seu primeiro álbum e a voz masculina que abre esta faixa já nos deixa mais acostumados ao estilo R&B que ela sempre seguiu, mas é só isso. Nada no estilo “Halo” de hip hop lentinho. É só lento mesmo, mas eu gostei muito. Talvez tenha a ver com meu humor do momento. O que esta música deixa claro é: para gostar do restante do álbum você deve estar desprovido de opiniões e expectativas pré-estabelecidas pelo que já conhece de Beyoncé e curtir o que vem de novo.
04. Best Thing I Never Had
É dita como uma “Irreplaceable 2”, mas a questão é: as temáticas da música dela são sempre as mesmas, o que quer dizer que são várias músicas parecidas. Aqui, no refrão vemos o primeiro ápice que estávamos esperando desde o início do álbum, mas valeu a pena esperar. Honestamente não acho essa faixa parecida com Irreplaceable, mas ela tem seu talento. Não destoa do resto do álbum, embora dá a sensação de encaminhá-lo a outro nível.
05. Party (featuring André 3000)
Olha! Aqui está o hip hop! Espera! Não. Não sei. Continua tocando. Tá ali, consigo até sentir, mas tá bem escondido. Se é pra falar dos álbuns anteriores de Beyoncé, essa música seria a faixa que faz a transição do I Am pro Sasha Fierce, embora não tenha muito a ver com a temática daquele álbum. Começo a ficar curioso pra saber de quem não é fã: a uniformidade das músicas faz com que vocês achem que estão ainda na primeira música e as faixas nem trocaram? Quando chega a participação de André 3000 no meio eu me sinto de volta nos meados dos anos 90, ouvindo os funk melodies baladas que minha irmã tanto escutava.
06. Rather Die Young
Que título, não? “É melhor morrer jovem” nos traz de volta à proposta original do álbum, que já chega à metade sem nenhum “Single Ladies”, “Déjà Vu” ou “Crazy in Love” que seja. Honestamente não é nada demais e me faz pensar se está aqui para me manter ocupado depois do que já ouvi e antes do que ainda possa vir. É bem música pra encher disco mesmo, talvez ela até coloque em seu novo show, mas não espero um clipe dela.
07. Start Over
Começa muito bem, parece até que o álbum vai chegar à velocidade que os fãs de Sasha Fierce já estão até cortando os pulsos esperando chegar, mas então ela começa a cantar e vemos que se trata de mais uma balada, muito melhor que anterior e comparável à qualidade das primeiras músicas do álbum. O tema da música ainda é o mesmo e esta começa a ficar um pouco repetitiva na segunda metade. O fim recupera, mas nos deixa claro, talvez de uma vez por todas, que toda a proposta do álbum seja essa intimidade toda. O que eu acho interessante é como quase todas (ou serão mesmo todas?) as músicas terminam do nada. Agora, sete canções depois, eu já estou até treinado para reconhecer o fim das faixas.
08. Love on Top
Até agora a mais agitada de todo o disco, embora ainda nada dançante, mas consigo ver essa música no bloco agitado como a música que toda a plateia ouve batendo palma no ritmo e cantando. É também incrível como, na segunda música “agitada” do álbum me faz sentir, pela segunda vez, que estou de volta nos anos 90. Gostei de verdade desta. Vejo um clipe feliz de casais correndo felizes e de mãos dadas, um parque, muita felicidade no ar, crianças e idosos com sorvetes e um vendedor de balões.
09. Countdown
Nem percebi que música trocou, é quase como um non-stop. A voz dela parece que nem encaixa muito na melodia do início da música, que promete algo mais agitado e cumpre a promessa. Os fãs mais desesperados já podem até começar a pular e bater o cabelo que a gente até entende. A música é tão divertida quanto a anterior, mantendo a hegemonia de todo o disco, até na hora de transitar das lentas que predominaram para as agitadas que vão fechar o disco. Também vejo clipe para esta. E uma apresentação ao vivo cheia de “Hey”s, “Sing it”s e “I want y’all”s, bem no estilo de Beyoncé.
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Páginas 20 e 21. É o único caso que temos fotos de um ensaio repetido. Já vimos este nas duas páginas anteriores. |
10. End of Time
Vem que tem pra todo o mundo! Já chega de ficar triste e tá na hora de começar a se mexer. O que acho interessante é a instrumental que se aproxima da última faixa e do vocal do início da música, similar à anterior e ligeiramente desconexo da melodia agitada que predomina no álbum agora. Com direito até a sons que a gente não entende no último minuto e um ligeiro desespero pra fazer o bridge final. Quem foi que achou que Beyoncé ia deixar a gente na mão? Essa, contudo, tem um fim bem claro e pronunciado.
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Páginas 22 e 23. Mais uma vez vemos a página do encarte se encaixando no estilo da música. Amo essa simplicidade impactante. |
11. I Was Here
Como é de praxe nos álbuns recentes que vão transitando de velocidade durante sua execução, a penúltima música vai remeter ao estilo original apresentado pela primeira. A diferença em “4” é que saímos de uma sequência de três músicas agitadas e voltamos à uma lenta. Talvez seja isso o que está causando tanto estranhamento. A faixa é muito boa na verdade, cheia do clima de penúltima música, nos avisando que o álbum está acabando, mas ainda falta o melhor. É uma pena, contudo, que aqueles que esperam quarenta e seis minutos de malhação, músicas pra pular e muita agitação critiquem tanto esta faixa que, por estar apenas fazendo seu devido trabalho, quebra o ritmo que tanto foi aguardado pela maioria. Também acaba do nada.
12. Run the World (Girls)
É bem menor que a versão do clipe, sem a instrumental legal gigante. Vem pra fechar o álbum de forma positiva e rara. Há quanto tempo que não vemos o primeiro single de um álbum fechando um CD de estúdio? É sempre ao vivo hoje em dia e eu gostei muito da inovação. Pena que vários dirão “só colocou por último pra obrigar a gente a ouvir tudo”. Bom, se for assim, é só avançar pra última música. O álbum encerra muito bem uma experiência musical nova, o que era inexistente na carreira de Beyoncé, que se consagrou por nunca errar a mesma fórmula de sempre e, desta vez, resolveu arriscar e fazer o que queria. E, assim como a maioria de suas faixas, o próprio disco acaba do nada. O último som? “Girls”.
FAIXAS EXCLUSIVAS DA VERSÃO DELUXE:
01. Lay Up Under Me
Os anos 90 continuam! Nas primeiras notas já se percebe isso! A faixa é incrível e realmente tem sabor de bônus exclusivo pra quem adquiriu um produto deluxe. Tem cara de música desses créditos finais de filme que mostram o que aconteceu com os personagens depois da história. É bem divertida e o fim é muito mais anunciado do que as músicas do álbum normal.
02. Schoolin’ Life
Estão vendo? É aqui que ela escondeu as músicas agitadas! Tá bom, nada que realmente chegue ao nível dos mega hits que ela já colocou nas nossas mentes, mas são músicas de qualidade muito boa realmente. A faixa é boa e me faz pensar em luz neon e roupas brilhantes. Será que chegamos aos anos 70 na próxima música?
03. Dance for You
Também é aqui que ela escondeu as maiores músicas. Assim como esta, com mais de seis minutos e que tem muito mais a ver com a temática balada do álbum original. Não que as outras duas não se encaixem à proposta, mas esta é a que chega mais perto. É bem legal, mas é bem grande. Assumo que já estava até distraído quando percebi que ainda estava ouvindo a mesma canção. O último minuto é bem interessante, entretanto.
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Acho interessante não ter nem o nome dela (só inicial) e nem o título do CD. |
04. Run the World (Girls) (Kaskade Club Remix)
Já abusa do direito de usar parênteses no título e me pede pra ouvir remixes às 02:20 da manhã, mas vamos lá. Achei legal usar elementos da instrumental original, sem ser apenas uma versão desta. É uma tarefa difícil e o papel deste remix é bastante complicado. Ele precisa me incentivar a ouvir mais dois remixes diferentes da mesma música antes de ejetar o disco do computador. E até executa bem a tarefa, pois é verdadeiramente interessante e você pode apostar que a balada do fim de semana já vai tocar ele.
05. Run the World (Girls) (Redtop Club Remix)
Engraçado é que os três são Club Remix, mas esse aqui é bem diferente do anterior, com o seu primeiro minuto bem dedicado à instrumental. O restante é simplesmente um remix de balada. Precisa dizer mais?
06. Run the World (Girls) (Jochen Club Remix)
O anterior me cansou tanto que eu até dei Ctrl+C, Ctrl+V no nome da música desta vez (eu tinha digitado de novo na 5ª). O menos estimulante é saber que cada remix é mais longo que o outro. O que me estimula é saber que esta faixa é a última e eu vou poder voltar pra primeira do disco normal e me acalmar um pouco. Embora este seja realmente melhor que o anterior.
Considerações Finais:
Se você espera ouvir "I Am... Sasha Fierce 2" ou "B'Day 2" ou at'e mesmo "Dangerously in Love 2", desista. Esse 'album tem valor por ser único e realmente novo na carreira de Beyoncé. As músicas são agradáveis e causam uma primeira impressão muito melhor que o álbum anterior.
Quanto ao design eu já até me acostumei (infelizmente) ao padrão Beyoncé de fazer um encarte gigante sem letra de música, afinal o único álbum que teve letra foi o I Am... Sasha Fierce e, mesmo assim, ela só colocou as letras da parte do "I Am...".
O que realmente me incomodou muito quanto ao design, talvez seja exclusivo do CD nacional. Há um certo tempo venho observando a má qualidade da impressão dos nossos encartes. "4" não conseguiu ficar de fora. A capa da versão deluxe está mal impressa ao ponto de vermos capas tortas nas prateleiras. A minha, que eu coloquei no scan, está consideravelmente mais "para baixo", com um espaço em branco no topo. Compare a imagem que abre este post com esta.
Então, se você está pronto pra aceitar a nova fase de Beyoncé, divirta-se! Se não está, coloque suas esperanças no quinto álbum.
Vídeos
Embora já tenha terminado de gravar o clipe de "Best Thing I Never Had", "4" ainda conta com apenas um clipe, "Run the World (Gilrs)". Se você ainda não viu, veja agora! Se já viu, curta de novo!
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Sempre achei a Beyoncé linda e que canta e dança muito, mas foi depois de I Am Sasha Fierce e agora com 4 que virei fã! Que voz!
ResponderExcluirachei esse CD todo muito bom, as músicas são muito gostosas de ouvir. Ah, eu gostei da capa da versão "normal" de 4 :D
o post tá excelente! (como todos do Blurrei ;D)
De primeira, só gostei de End of Time e Who Run The World (girls) desse CD. Vou ouvir agora essa versão Deluxe e tentar "gostar" mais dele como um todo, já que tive uma reação parecida na primeira vez que ouvi I Am... Sasha Fierce e hoje adoro o CD... :)
ResponderExcluirÓtimo post, btw...
Esses comentários do Blurrei são ótimos, me identifiquei com todos eles quando ouvi o álbum pela primeira vez, todas as considerações se igualaram, e que destaque dão as pernas trabalhadas da Beyoncé em Run The World (Girls)
ResponderExcluirQuando ele foi lançado ano passado comprei a versão normal msm, depois de "dance for you", tive q comprar a versão deluxe, nao aguentei kkk'
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