Alguns anos atrás Jennifer Lopez comemorou os dez anos da sua carreira de cantora, uma carreira esta bem interessante. À época do 10º aniversário já eram seis álbuns de inéditas em estúdio, um álbum de remixes, um DVD com sua discografia até 2003 (com CD bônus com mais remixes) e DVDs de mini-série e clipes com apresentações. Contudo nenhuma turnê nunca foi feita. Até hoje apenas dois concertos foram realizados e apenas um, o primeiro, foi lançado em DVD (a mini-turnê dela com o Marc Anthony não conta, pois simplesmente tentamos fingir que o Marc Anthony não conta).
Para comemorar a primeira década ela decidiu lançar uma coletânea, colocando algumas músicas inéditas (até o CD de remixes tinha uma música inédita - com direito a clipe - no final). Ela acabou gravando tantas músicas que acabou decidindo deixar a coletânea de lado e lançar mais um álbum, que deveria estar nas prateleiras em 2009.
Contudo, dois anos antes, ela havia realizado o sonho de lançar seu primeiro álbum totalmente em Espanhol e, Como Ama Una Mujer foi um trabalho incrível e diferente de tudo que era a carreira de Lopez: o álbum era inteiramente Pop (e bom Pop). Mais tarde naquele ano, com uma temática visual totalmente diferente, ela lançou Brave, um álbum totalmente em inglês, mas ainda assim completamente Pop. E o erro foi: o álbum foi vendido para o mercado antigo de Lopez, que ainda tinha os mesmos gostos musicais de sempre, mas a música de J.Lo não mais estava de acordo com esse gosto. Nem é necessário dizer que a venda de ambos não foi muito satisfatória. Isso somado a um desgaste da imagem dela na mídia e a duas tentativas em vão de lançar o primeiro single do novo CD, "Love?" foi adiado por dois anos, sempre com lançamento agendado, mas nunca cumprido. O que dava esperança aos fãs era o fato do álbum nunca ter sido de fato cancelado, mesmo depois dela ter saído de sua gravadora de forma não muito amistosa.
Em 2010 Jennifer Lopez se uniu à banca de jurados do American Idol e seu carisma ganhou pra ela sua fama de volta. Aproveitando o bom momento ela assinou contrato com a Def Jam Music Group (que já havia recebido vários outros artistas da Sony Music, como Mariah Carey), uniu-se a Pitbull, usou um "clássico" da música brasileira como base de um novo single dançante e muito bem sucedido e, no dia 03 de maio, o álbum Love? chegou às prateleiras em três versões: Normal, Deluxe e Glitterati. A Deluce tem quatro faixas a mais a e a Glitterati traz litografias e um vinil com o single "On the Floor". O Brasil só viu a versão normal mesmo (decepção com a Island Records Brasil, que lançava aqui também as versões deluxe) e é ela que o Blurrei vai dissecar neste post. Clique em "Continuar Lendo!" para ver um faixa-a-faixa e OUVIR todas as faixas do álbum!
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Contracapa do CD: o efeito do nome das músicas escritos no vapor do vidro da janela ficou muito legal. |
01 - On the Floor - featuring Pitbull
"Chorando se foi quem um dia só me fez chorar" ganhou muita batida eletrônica, virou "Dance the night away, grab somebody, drink a little more". A música em inglês ficou muito boa e garantiu o topo nas paradas em vários lugares no mundo. É realmente ótima de ouvir e abre muito bem o disco.
02 - Good Hit
A batida é ótima e a primeira coisa que você pensa é que vai passar as próximas dez faixas dançando. A voz dela ficou metalizada nessa faixa, mas o resultado final ficou muito bom também.
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Páginas 2 e 3 do encarte. Sem letras e com essa bela foto, que é a única desse ensaio no encarte. |
03 - I'm Into You - featuring Lil Wayne
O cara tem fama de estragar uma boa faixa (Revolver, alguém?), mas J. Lo usa essa faixa pra nos dizer "continua dançando, mas chega dessa mesmice". A faixa é bem diferente das anteriores e, como toda música nova, tem um refrão bem repetitivo. É como se a preocupação por fazer boa música tenha dado espaço à necessidade de fazer uma letra curta que o maior número de pessoas saia por aí cantando. Pelo menos essa aqui ficou boa.
04 - (What Is) Love?
A música que dá título ao CD já havia sido lançada em 2010 na trilha sonora original do filme de Jennifer Lopez, "Plano B". Por se tratar de uma faixa lançada oficialmente, ao invés de uma demo vazada, esta música não sofreu alterações ao chegar ao álbum, só o título que colocou o "What Is" entre parênteses para deixar o nome do álbum sozinho no título.
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Páginas 4 e 5 do encarte, seguindo o modelo das anteriores. Ela tá bem "J.Lo" nas fotos, mas e o Love? |
Quando eu ouvi essa música eu já sabia o que vinha pela frente, então assumo que não tive muita paciência para ela, principalmente por ser mais um tentativa de reconquistar o mercado HipHop dos EUA, mas quando você permite que a música te conquiste, você acaba gostando, e ela cumpre o dever de manter o patamar dançante do álbum.
06 - Papi
Espero que você já não tenha cansado de pular e dançar, pois essa música não lhe permite ficar parado. Não há nada que você possa fazer para evitar o poder que Papi tem de te tirar da cadeira e te fazer se jogar na pista, nem que seja na sua sala de estar ou no seu quarto. Nada nessa faixa é ruim.
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Páginas 6 e 7 do encarte. Sem fotos e com informações de seis faixas. |
07 - Until It Beats No More
Eu já coloquei essa música no quinto lugar das 10 melhores músicas de amor desesperado. A minha afinidade com a faixa é gigantesca e apareceu umas cinco vezes no meu "30-Day Song Challenge" do Facebook. Desculpa, eu me expressei errado: a afinidade com a faixa não, com a demo, que é perfeita, num leve estilo Abba que deixou ela ainda mais perfeita, encaixando a letra no estilo como se fosse uma luva de seda. Eu realmente não entendo como Jennifer Lopez conseguiu maltratar tanto a música que finalmente me deu uma resposta fixa de qual é a minha canção favorita. Escute aqui a versão de 2010:
08 - One Love
Mais uma que já existe desde na internet desde 2010, são cinco dentre as doze do álbum. Until It Beats No More pode ser considerada uma quebra muito grande no ritmo de um álbum que caminhou altamente agitado e dançante em suas primeiras seis faixas. One Love é um meio-termo, que serve maravilhosamente para levantar o astral de novo para as próximas faixas.
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Páginas 8 e 9 do encarte. Agora que é a segunda metade, as fotos e faixas estão invertidas, mas ainda é o mesmo ensaio. |
09 - Invading My Mind
Volta com força total ao estilo original do álbum, inclusive à letra repetitiva do "My Mind" que, para nós brasileiros, desperta um número de possibilidades hilárias considerável de como satirizar com isso, mas a música ainda é boa e você consegue se ver correndo feliz na esteira da academia ouvindo essa música.
10 - Villain
Foi colocada como faixa 10 com o intuito de, assim como o Femme
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Páginas 10 e 11 do encarte, com os agradecimentos de Jennifer. |
11 - Starting Over
A instrumental dessa música sempre me pareceu um tanto quanto apocalíptica, o que encaixa perfeitamente na letra da música. Tem acabemento melhor que a demo de 2010, mas ainda se mantém bastante fiel a ela. Gosto muito do jeito dela cantar essa música com um pouco de pressa, ficou muito bom.
12 - Hypnotico
Aqui ela garante com maestria o que veio tentando o álbum todo: fazer o povo todo sair cantando a mesma palavra. O hyp-not-tino-tico hyp-not-tino-tico fica na nossa mente o tempo todo e, antes que vejamos já estamos batendo palma no ritmo do refrão, pulando e sacudindo os braços como se não houvesse amanhã. É uma forma perfeita de fechar o álbum. Quando acaba você fica tão indignado que o seu momento acabou que você acaba por apertar o play de novo e ouve o CD inteiro outra vez.
Considerações Finais:
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Contracapa do encarte. |
Lopez está numa forma como cantora melhor do que nunca e a sua recente apresentação no American Idol não deixou o menor resquício de dúvida em relação a isso. Espero só que desta vez ela saia numa turnê incrível, só dela, com muitos efeitos e um repertório incrível, pois até o Brave já eram 20 singles na carreira.

A capa do álbum é bem interessante, mas eu acho ela muito no estilo do Brave, com essa coisa de "sou poderosa e nem olho pra câmera pra tirar foto pra capa do meu disco". Isso sem contar com os cílios na capa do Love?.
A única coisa que eu não sei o motivo de não ter gostado muito no Love? foi a arte do próprio disco. A ideia do coração com os dois pontos de interrogação foi realmente muito boa, e o fato dele ficar fechado ao redor do furo central do disco também ficou ótimo. O nome das faixas em um canto e as informações técnicas inclinadas no outro também são uma composição muito boa. Mas, mesmo assim, eu acho o conjunto da obra
O álbum Love? foi lançado quase no mundo todo dia 03 de maio de 2011 e já conta com dois singles: "On the Floor" e "I'm Into You". Parece que ela quis apostar de cara nas parcerias para atrair o mercado Norte-Americano e, depois que todos realmente se apaixonarem por seu álbum, aí sim ela deva se sentir segura de trabalhar com o resto. Você pode conferir aqui os dois clipes já lançados para o álbum, no melhor estilo Jennifer Lopez possível.
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Q bom q ela deu a volta por cima com o American Idol né? E pelo visto esse cd é bem dakele estilo pista de dança sem pensar. nada contra, parece estar bem divertido. Mas o "chorando se foi" não perdôo hehe
ResponderExcluir"Chorando se foi" sempre teve potencial (por mais que a gente não aguente mais), não é à toa que qualquer pessoa conhece até hoje. Com essa roupagem pesada de dance ficou melhor ainda e On the Floor é uma música ótima. Solta o braço, se descabela e tá tudo certo!
ResponderExcluirAhhh, gostei do novo design do Blog, Parabéns ae ;)
ResponderExcluirÉ um ótimo álbum de Jennifer Lopez, vale muito a pena. Adorei seu review. =)
ResponderExcluirMUito Bom mesmo! Esse albúm está de parabéns! Espero que depois de Papi como single, J-lo poderia lançar o HYPNOTICO como single. Ia estourar novamente nas pistas de dança!
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