

As capas das duas edições seguem o mesmo modelo: fundo de cor única, um Y gigante ao fundo e uma área central onde vemos Yorick representando o clima da edição que estamos prestes a ler.

Como toda boa série de quadrinhos, Y: O Último Homem é recheado de ação, sangue e palavrões, chocando um pouco aqueles que só leem Maurício de Souza, mas garantindo a aceitação de boa parte do público. Como descrito pela desenhista Pia Guerra, "Y" caiu no gosto também das namoradas de muitos nerds que reconheciam em Yorick o desejo de seus namorados de serem os únicos homens na terra para poderem namorar com elas. Essa é, na verdade, a ideia obsessiva que permitiu a Brian K. Vaughan criar a história de Yorick.
Ligeiramente concentrados nos traços escuros das marcas dos rostos das personagens resultando em rugas mais fortes do que as de um maracujá, os desenhos de Pia Guerra são muito bons e nada no padrão de desenho feminino estilo Hello Kitty e, diferente da maioria das histórias de super-herói, segue a página de forma linear, sem ter os quadros invadindo o espaço uns dos outros e sem fazer você ler três quadros pra baixo, dois pra direita e mais três pra cima, nos poupando a sensação de estarmos perdidos na página.
Para simbolizar o início de um capítulo novo temos uma ilustração num estilo mais tridimensional de algo icônico do capítulo que se inicia, mas que não está desenhado nas páginas da história. A escolha é quase sempre muito boa, mas temos a aparição de algumas porcas de língua de fora que não são tão assim convidativas.
Outra característica muito boa é a visualização das cenas, envolvendo a iluminação e o quanto de cada coisa aparece no quadro. Além de resultar em cenas muito belas e extremamente fáceis de serem vistas como algo cinematográfico.
Para os não-nerds de plantão, o tradutor Rodrigo Salem adicionou notas de rodapé para explicar todas as referências à cultura pop e essa foi, basicamente, a única coisa boa que ele fez em Y: O Último Homem. A tradução deixa muito a desejar, até a desejarmos que pudesse ser feita por outro tradutor. As Edições da Panini são traduzidas por Fábio Fernandes e melhoram bastante a experiência da leitura.

De todos os problemas que podemos apontar no trabalho insatisfatório de Rodrigo Salem, o pior deles com toda certeza é a ocorrência de tantos erros na própria Língua Portuguesa como está destacado à esquerda, na página 18 do volume dois. Vários outros erros de digitação também podem ser observados espalhados pelas duas edições, como o uso repetido da letra "s" antes de palavras que não iniciam com "s". Também temos o título do primeiro volume, que poderia ter ganho uma tradução melhor. O original, "Unmanned", algo como "Sem Homens", foi traduzido como "Rumo à Extinção". Dá pra notar uma divergência temporal entre os títulos, onde o original afirma que já houve a extinção e o traduzido diz que ela ainda está por vir.
O volume um inicia a história de fato na página 5 e acaba na 132. O segundo volume é ligeiramente menor, tendo seu início na página 7 e encerrando na 124. Entretanto o segundo volume traz 17 páginas especiais em estilo pergaminho, com artes conceituais primárias da produção de "Y" e uma extensa entrevista com a desenhista Pia Guerra. Na página à direita vemos os primeiros esboços que formariam Yorick e tem uma pequena sinopse da personagem.
Como dito no início do post, a Panini Comics não comercializa as versões em Hardcover de Y: O Último Homem e é bem difícil achar os primeiros volumes à venda, um dos poucos lugares é a loja online da própria Panini. O quarto volume, "A Senha", foi lançado esse mês e está nas bancas. Vale muito a pena conferir esse incrível trabalho e esperar pelas próximas seis edições que ainda serão lançadas no Brasil, também pela Panini Comics, seguindo o contrato dela com a Vertigo.
Créditos dessa imagem: página oficial de "Y: O Último Homem" na Panini Comics.
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Até a próxima!


Outra característica muito boa é a visualização das cenas, envolvendo a iluminação e o quanto de cada coisa aparece no quadro. Além de resultar em cenas muito belas e extremamente fáceis de serem vistas como algo cinematográfico.
Para os não-nerds de plantão, o tradutor Rodrigo Salem adicionou notas de rodapé para explicar todas as referências à cultura pop e essa foi, basicamente, a única coisa boa que ele fez em Y: O Último Homem. A tradução deixa muito a desejar, até a desejarmos que pudesse ser feita por outro tradutor. As Edições da Panini são traduzidas por Fábio Fernandes e melhoram bastante a experiência da leitura.

De todos os problemas que podemos apontar no trabalho insatisfatório de Rodrigo Salem, o pior deles com toda certeza é a ocorrência de tantos erros na própria Língua Portuguesa como está destacado à esquerda, na página 18 do volume dois. Vários outros erros de digitação também podem ser observados espalhados pelas duas edições, como o uso repetido da letra "s" antes de palavras que não iniciam com "s". Também temos o título do primeiro volume, que poderia ter ganho uma tradução melhor. O original, "Unmanned", algo como "Sem Homens", foi traduzido como "Rumo à Extinção". Dá pra notar uma divergência temporal entre os títulos, onde o original afirma que já houve a extinção e o traduzido diz que ela ainda está por vir.

Como dito no início do post, a Panini Comics não comercializa as versões em Hardcover de Y: O Último Homem e é bem difícil achar os primeiros volumes à venda, um dos poucos lugares é a loja online da própria Panini. O quarto volume, "A Senha", foi lançado esse mês e está nas bancas. Vale muito a pena conferir esse incrível trabalho e esperar pelas próximas seis edições que ainda serão lançadas no Brasil, também pela Panini Comics, seguindo o contrato dela com a Vertigo.
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Adorei os comentários. A história é ótima e vale muito a pena esperar pelos lançamentos (bem distantes entre si) das edições. Se eu disse que agora q eu vi os Y gigantes no fundo das capas das 2 primeiras edições, vc acredita? :-P
ResponderExcluirAdoro Y, acabei de ler o último volume que saiu pela Panini.
ResponderExcluirHj eu li o primeiro e o segundo , fiquei sabendo ontem e estou muito interessado na história.
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